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A ferramenta digital desenvolvida pela OMS e pela Rede Global de Alerta e Resposta a Surtos está ajudando a combater a doença de forma eficaz. Por: Abdel Aziz Nabaloum  A…

A ferramenta digital desenvolvida pela OMS e pela Rede Global de Alerta e Resposta a Surtos está ajudando a combater a doença de forma eficaz.

O Go Data permite que os médicos coletem melhor os dados sobre a malária durante as consultas (NewsHour, CC BY-NC 2.0.)
  • O Go Data registra dados sobre casos de malária e seus contatos
  • O tratamento da malária foi aprimorado em determinadas localidades graças a essa ferramenta
  • O software deve ser integrado ao sistema de saúde para melhorar o controle de doenças

Por: Abdel Aziz Nabaloum

 A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Rede Global de Alerta e Resposta a Surtos (GOARN) desenvolveram um software para ajudar a monitorar casos de malária em Burkina Faso.

Chamado de “Go Data”, esse software está sendo implementado pelo centro Muraz em Bobo-Dioulasso, uma cidade no oeste do país. Ele foi desenvolvido para agentes comunitários de saúde, enfermeiros-chefes e gerentes de maternidades, e permite que eles registrem automaticamente os casos detectados de malária.

  “Para registrar um caso, tudo o que o profissional de saúde precisa fazer é abrir o software e inserir os detalhes do paciente, e as curvas de tendência da malária são atualizadas automaticamente”, explica Isidore Traoré, epidemiologista do centro Muraz em Bobo-Dioulasso e chefe do projeto “Go Data”.

As ferramentas digitais também facilitam a coleta de dados sobre os pacientes e as pessoas em contato com eles. Os resultados laboratoriais e o monitoramento da epidemia como um todo também podem ser registrados.

De acordo com Isidore Traoré, a vantagem dessa ferramenta digital é que a transmissão de dados é mais rápida. Normalmente, diz ele, os dados de vigilância da malária são coletados em papel e transmitidos por papel ou por telefone.

“Portanto, eles levam muito tempo para ir do CSPS (centro de promoção social e de saúde) ao distrito de saúde, do distrito à diretoria regional de saúde, da diretoria regional de saúde à diretoria de proteção à saúde da população”, diz ele.

Com o “Go Data”, assim que os dados são inseridos no software, todos os profissionais de saúde podem ver instantaneamente as tendências da malária na localidade”, enfatiza o pesquisador.

Melhorar o atendimento

“O Go Data já foi testado na região de Hauts-Bassins, especialmente nos centros de saúde e promoção social de Banwali, Kokoro, Bleni, Dan e Pana.

De acordo com o gerente do projeto, em Pana, onde o software foi usado até outubro de 2023, foi registrado um total de 9.589 casos de malária, incluindo 4.918 crianças com menos de 5 anos de idade e 1.010 mulheres grávidas.

“Quando analisamos os dados de vigilância, percebemos que o software realmente ajudou a melhorar a coleta, a vigilância e o gerenciamento da malária nessa localidade”, explica Isidore Traoré.

Ele acrescenta que, quando o profissional de saúde faz o teste de diagnóstico rápido (RDT), se o paciente for positivo para malária, ele é encaminhado para tratamento. Como resultado, pessoas que não iam ao hospital agora vão.

“Isso realmente aumenta o número de pessoas que vão a uma consulta para se beneficiar de um atendimento de qualidade em vez de se automedicar”, diz ele.

Detecção de epidemias

Em 2022, Burkina Faso registrou 8.019.000 casos de malária. A doença foi responsável por 39% das consultas, 41,35% das internações hospitalares e 17,22% das mortes nas unidades de saúde.

A ferramenta digital ajuda a visualizar gráficos e curvas em tempo real para monitorar os casos de malária, mas também contribui para a detecção rápida de possíveis epidemias e para o monitoramento dos limites de alerta e epidemia.

De acordo com Isidore Traoré, quando os casos são registrados e se observa um aumento no número de casos que se aproximam ou ultrapassam o limite de alerta, ou até mesmo atingem o limite epidêmico, em cada estágio devem ser tomadas medidas para controlar esse problema de saúde.

  A ferramenta “Go Data” foi desenvolvida como parte da iniciativa dos órgãos de financiamento de pesquisa científica (IOSRS) na África Subsaariana.

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