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Numa demonstração de como a investigação se pode traduzir em benefícios económicos tangíveis, o Uganda e o Malawi estão a obter resultados impressionantes na sua passagem do laboratório para o…
Numa demonstração de como a investigação se pode traduzir em benefícios económicos tangíveis, o Uganda e o Malawi estão a obter resultados impressionantes na sua passagem do laboratório para o mercado através de um projeto que ajuda os Conselhos de Concessão de Ciência a transformar a investigação científica em produtos comercializáveis.
O projeto liderado por Maurice Bolo, diretor executivo do Scinnovent Centre em Nairobi, no Quénia, no âmbito da Science Granting Councils Initiative (SGCI), aborda uma lacuna crítica que é a dificuldade que muitos SGC enfrentam na gestão e capitalização da propriedade intelectual (PI) gerada pela investigação financiada.
Muitas vezes, a investigação apresenta tecnologias ou processos que têm valor de PI, mas os conselhos não dispõem de um sistema para os identificar, explicou Bolo.
A principal missão do projeto é equipar os SGC com as ferramentas e os conhecimentos necessários para realizar auditorias de PI, desenvolver políticas estratégicas de PI e criar estruturas para uma comercialização bem sucedida.
O impacto é bem ilustrado no Uganda e no Malawi.
No Uganda, uma parceria dinâmica entre uma universidade e apicultores locais resultou no desenvolvimento e lançamento no mercado de produtos inovadores de própolis.
Esta colaboração exemplifica como a investigação académica, quando ligada à indústria local, pode criar produtos valiosos e impulsionar as economias locais.
Do mesmo modo, no Malawi, um projeto de central de biogás que envolveu o conselho municipal e agentes do sector privado teve um êxito notável.
A adoção da tecnologia pelo sector privado impulsionou soluções energéticas sustentáveis, demonstrando o potencial da investigação para enfrentar desafios ambientais prementes.
Estes exemplos do Uganda e do Malawi são uma prova do potencial das parcerias público-privadas. Vamos fazer mais este ano, sublinhou Bolo.
Mostram que, quando a investigação é corretamente gerida e comercializada, pode ter um impacto no mundo real e gerar crescimento económico.
O projeto não se refere apenas a histórias de sucesso individuais, mas também à construção de sistemas sustentáveis.
Ao reforçar a capacidade institucional dos SGC para gerir a PI, a iniciativa está a promover uma cultura de inovação em todo o continente.
“O nosso objetivo é garantir que a investigação financiada não é deixada numa prateleira”, afirmou Bolo.
“O sucesso no Uganda e no Malawi demonstra como podemos traduzir a investigação em benefícios tangíveis para as comunidades africanas”.
A iniciativa abre caminho a um futuro em que a investigação africana impulsiona o desenvolvimento económico, criando novos mercados e fontes de rendimento em todo o continente.
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