Desenvolver a ciência aberta em África: Remover barreiras, criar oportunidades

África enfrenta desafios significativos na partilha e utilização do conhecimento científico em todo o continente. Um novo documento de investigação do CODATA destaca a forma como o movimento da ciência aberta pode abrir novas possibilidades de colaboração, inovação e desenvolvimento sustentável.

O que é a Ciência Aberta?

A ciência aberta refere-se à prática de tornar a investigação, os dados e as publicações científicas livremente acessíveis a todos. Incentiva a colaboração entre investigadores, o público e o sector privado. Esta abordagem ajuda a tornar a investigação mais transparente, reutilizável e inclusiva.

O problema

Embora a ciência aberta esteja a crescer a nível mundial, África continua a ficar para trás. Muitos países do continente têm infra-estruturas digitais limitadas, sistemas de gestão de dados fracos e políticas que não apoiam o acesso aberto. Os investigadores trabalham frequentemente isolados e há pouca confiança na partilha de dados devido a preocupações com a perda de crédito ou de propriedade intelectual.

O que o jornal descobriu

O estudo inquiriu 15 Conselhos de Concessão de Apoio Científico em África. Todos os inquiridos concordaram que a ciência aberta poderia impulsionar os sistemas científicos africanos e apoiar o crescimento económico. Alguns países, como a Zâmbia e o Quénia, já estão a tomar medidas para partilhar dados e desenvolver políticas de ciência aberta. No entanto, o apoio político, a formação e os recursos continuam a ser os principais desafios.

O que é preciso fazer para melhorar a ciência aberta em África

Os autores recomendam políticas nacionais mais fortes, melhor formação em ciência de dados e mais colaboração regional. Apelam também a incentivos para encorajar os investigadores a partilharem o seu trabalho e a soluções africanas que incluam sistemas de conhecimento e línguas locais.

Conclusão

A ciência aberta oferece a África uma oportunidade para melhorar a sua capacidade de investigação e enfrentar coletivamente os desafios comuns. Com o apoio e a colaboração adequados, os países africanos podem liderar a criação de um sistema científico aberto, inclusivo e com impacto.